International Conference on Music, Avant-Gardes and Counterculture: October 25-27
Venue: University of Lisbon/School of Arts and Humanities and Museum of Art, Architecture and Technology (MAAT)
Conference organized by: Anabela Duarte (ULisboa) and Andrew Hussey (ULondon)
Organizing Entities: University of Lisbon, ULICES and University of London, SAS, CPS
Keynote Speakers: Frédéric Acquaviva, experimental composer and curator (FR), Kaira Cabañas, Associate Professor in Global Modern and Contemporary Art History at the University of Florida (US), Clinton Heylin, Music and Pop Culture Historian (GB), Bronac Ferran, writer and curator at the University of London (GB), Kevin Repp, Professor and Curator at the Beinecke Library, Yale University (US), Andrew Hussey, Professor of Cultural History at the University of London
In Invisible Republic: Bob Dylan’s Basement Tapes (1997), Greil Marcus charts a countercultural sound map, a kind of laboratory where a new language is being forged. This is where, Marcus argues, we can locate the true voice of the century, a new consciousness, the alchemy of an undiscovered country. From this starting-point, we propose a journey into the tangled relationship between music, the avant-gardes and counterculture.
In 1942, Isidore Isou, a Jew from Romania, created in Bucharest an artistic and cultural trend that claimed for a “new republic” of letters. He brought it to Paris in 1945, and this became “Lettrism”, one of the most inventive but also one of the most unknown movements of the post-war avant-gardes. In 1947, he published a manifesto, an introduction to a new poetry and a new music that set forth Lettrism as a general movement of creation, a poetry liberated from words and syntax, and a number of propositions that constitute a fundamental historical link between the modern and the contemporary.
Lettrism, it has been argued, was the progenitor of future upheavals and revolts, such as May ‘68, Punk, Situationism, Fluxus, among others. Music and sound, in this context, are powerful instruments of destruction and/or reconfiguration of language and the Arts. The connection between writing and auditory experience becomes the experience itself – back to Dylan: the lab of the basement tapes.
In diagrammatic opposition – literally on the other side of the ocean – in the 1960s, another counterculture was getting under way. From Bucharest to Paris, London to New York, Paris to Brasil, Cuba or Chile, to name just a few, the same urge for the unknown, for destruction and anti-art poetics emerged almost simultaneously in every field.
The present conference aims at exploring and bringing to the fore the “invisible republics” of culture, the ephemeral, the suppressed, the unconformity of artistic and political undercurrents. Above all, it asks how these separate geographical territories speak to each other, and how this might reshape our historical understanding of European and American modernity.
——————————————————————
We encourage contributions from scholars and artists of different fields, interdisciplinary work, and welcome suggestions for papers, panels, and multimedia proposals.
Abstracts of 300 words for individual papers of twenty-minute duration. Please include the full title of your paper, name, institutional affiliation, AV requirements, contact information (postal address and e-mail address) and a bionote (max. 100 words).
Panels of three speakers plus a chairperson. Please include a brief description of the panel (300 words) and a 300-word abstract and a bionote for each speaker (max. 100 words each).
Working Languages: Portuguese and English
The Conference is hosted by the American Studies Research Group of the University of Lisbon Centre for English Studies (ULICES/CEAUL), Portugal, in collaboration with the Centre for Postcolonial Studies, School of Advanced Study, University of London.
FOCUS THEMES
1 – Decentering the Avant-Gardes
The possible significance of the fact that Tristan Tzara and other Dadaists, leading Surrealists and Isidore Isou were from Eastern Europe. What can this tell us about “Western” modernity, cultural dissonances and the Post-Colonial world.
2 – Music/Sound/Soundscape and Literature
Bob Dylan and the Subterranean America, Sound-Art, Sound Poetry, Physical Poetry, The Aesthetics of Noise.
3 – Politics and Aesthetics of Invisibility
Representations of the withdrawn, haunting absences, masks and camouflaging, minorisation, détournement, dissolution, discrepancy, interruption, the invisible, the repressed.
4 – Transatlantic Avant-Gardes and Counterculture
New York Dada, Black Mountain College, Beat Generation, Language Poets, Concretism, Latin-American Authors, Modern Hurufiyya, Youth Underground, Diggers’ legacy.
5 – Avant-Gardes Revisited
Dadaism, Surrealism, Ultra-Lettrism, Schematism, Situationism, Punk, Fluxus, Russian Ego-Futurism, Constructivism, Italian Futurism, Portuguese Avant-Gardes.
6 – Politics and Poetics of Difference
Erotic Studies, Pedagogics of Art, Insurrectional Romanticism, Anti-psychiatry, Antonin Artaud.
7 – New Poetic Languages, Cinema and Technology
Bio Art, Bio Poetry, Remediation, Postmodern Multimedia Avant-Garde Creativity, Lettrist Cinema, American Experimental Film.
————————————————————————————————————————
Adress abstracts and inquiries by email to:
Dr. Anabela Duarte
University of Lisbon Centre for English Studies (ULICES)
Alameda da Universidade
Faculdade de Letras
1600-214 Lisboa
Portugal
E-mail: invisiblerepubliconference@gmail.com
Tel: (00351) 21 792 00 92
DEADLINE FOR SUBMISSIONS
Deadline for submission of abstracts:
1st CFP: April 30, 2017.
2nd CFP: May 25, 2017.
Pre-notification of acceptance or rejection of abstracts: May 30, 2017.
Full paper for the Conference International Book Publication
(only for the full papers accepted)
Deadline for the submission: April, 2018.
Pre-notification of acceptance or rejection of full papers: May, 2018.
Publication: November, 2018
Adp. Lettrist flyer, 1955
A REPÚBLICA INVISÍVEL: MÚSICA, LETRISMO, VANGUARDAS
Congresso Internacional sobre Música,Vanguardas e Contracultura
25-27 de Outubro, 2017
Em Invisible Republic: Bob Dylan’s Basement Tapes (1997), Greil Marcus traça um mapa sonoro contracultural, uma espécie de laboratório, onde uma nova linguagem vai ganhando forma. É aqui que, segundo Marcus, podemos localizar a verdadeira voz do século, uma nova consciência, a alquimia de um país desconhecido. A partir de tal premissa, propomos uma viagem pela relação problemática entre a música, as vanguardas e a contracultura.
Em 1942, Isidore Isou, um judeu da Roménia, fundou em Bucareste, um movimento artístico e cultural que clamava por uma “nova república” das letras. Trouxe-o para Paris em 1945, dando origem ao “Letrismo”, um dos mais inventivos, mas também mais desconhecidos movimentos das vanguardas artísticas do pós-guerra. Em 1947, publicou um manifesto, uma introdução a uma nova poesia e a uma nova música que propunha o Letrismo como um movimento geral de criação, uma poesia liberta das palavras e da sintaxe, e um determinado número de proposições que constituem uma ligação histórica fundamental entre o moderno e o contemporâneo.
O Letrismo, há quem argumente, foi o progenitor de futuras convulsões e revoltas, tais como o Maio de ‘68, Punk, Situacionismo, Fluxus, entre outras. Assim como estes diversos “assaltos à cultura”, Isou pretendia acabar com a categoria separada das artes, com o objectivo de fundir as diferentes disciplinas numa única visão criativa. A música e o som, neste contexto, resultam em poderosos instrumentos de destruição e/ou de reconfiguração da linguagem e das artes. A ligação entre a escrita e a experiência auditiva tornam-se a própria experiência em si e, voltando a Dylan, o laboratório das “basement tapes”.
Nos anos sessenta, e em oposição esquemática – literalmente, do outro lado do oceano – uma outra contracultura estava em andamento. De Bucareste a Paris, de Londres a Nova Iorque, de Paris ao Brasil, Cuba ou Chile, só para mencionar alguns, o mesmo impulso para o desconhecido, a destruição e uma poética anti-arte, surgiu quase em simultâneo em todos os campos.
O presente congresso, visa explorar e destacar as “repúblicas invisíveis” da cultura, o efémero, o suprimido, o inconformismo das subcorrentes artísticas e políticas. Interessa, sobretudo, perguntar como estes diferentes territórios geográficos falam entre si, e como isso é susceptível de alterar a nossa compreensão histórica da modernidade europeia e americana.
Encorajamos contribuições de estudantes, investigadores e artistas de diferentes áreas, valorizamos a abordagem interdisciplinar e aceitamos sugestões para artigos, painéis e propostas multimédia.
Resumos de 300 palavras para artigos individuais com vinte minutos de duração. Incluir o título completo do artigo, nome, filiação institucional, requisitos audio-visuais, contacto (morada e email) e biografia (max. 100 words).
Paineis de três palestrantes mais um moderador. Incluir uma breve descrição do painel (300 palavras), um resumo de 300 palavras e uma biografia para cada orador (max. 100 palavras cada).
Línguas de trabalho: Português e Inglês
O congresso é organizado pelo Grupo de Estudos Americanos da Universidade de Lisboa, Centro de Estudos Ingleses (ULICES/CEAUL), Portugal, em colaboração com o Centro de Estudos Pós-Coloniais, Escola de Estudos Avançados, Universidade de Londres.
TÓPICOS
Descentralização das Vanguardas
Inquirir sobre o possível significado do facto de Tristan Tzara e outros dadaístas, proeminentes surrealistas e Isidore Isou, serem da Europa Oriental. O que isso nos pode dizer sobre a modernidade “ocidental”, as dissonâncias culturais e o mundo pós-colonial.
Música/Som/Paisagem Sonora e Literatura
Bob Dylan e a América Subterrânea, Arte Sonora, Poesia Sonora, Poesia Física, Estéticas do Ruído.
Políticas e Estéticas da Invisibilidade
Representações do suprimido, ausências assombradas, máscaras e camuflagens, minorização, détournement, dissolução, discrepância, interrupção, o invisível, o reprimido.
Vanguardas Transatlânticas e Contracultura
New York Dada, Black Mountain College, Geração Beat, Poetas da Linguagem, Concretismo, Autores Latino-Americanos, Hurufiyya Moderno, Juventude Underground, O Legado dos Diggers.
As Vanguardas Revisitadas
Dadaismo, Surrealismo, Ultra-Lettrismo, Esquematismo, Situationismo, Punk, Fluxus, Ego-Futurismo Russo, Construtivismo, Futurismo Italiano, Vanguardas Portuguesas.
Políticas e Poéticas da Diferença
Estudos Eróticos, Pedagogia da Arte, Romantismo Insurreccional, Anti-psiquiatria, Antonin Artaud.
Novas Linguagens Poéticas, Cinema e Tecnologia
Bio Arte, Bio Poesia, Remediação, Creatividade Avant-Garde Multimédia Pós-Moderna, Cinema Letrista, Cinema Experimental Americano.
DATA LIMITE PARA RESUMOS
Data limite para envio de resumos
1ª Chamada: 30 de Abril, 2017.
2ª Chamada: 25 de Maio, 2017.
Pré-notificação de aceitação ou rejeição de resumos: 30 de Maio, 2017.
Artigo completo para publicação internacional
Data limite para envio: Abril, 2018.
Pre-notificação de aceitação ou rejeição dos artigos: Maio 2018.
Publicação: Novembro, 2018
Enviar resumos e pedidos de informações por email para:
Doutora Anabela Duarte
Centro de Estudos Anglísticos da Universidade de Lisboa (CEAUL)
Alameda da Universidade
Faculdade de Letras
1600-214 Lisboa
Portugal
E-mail: invisiblerepubliconference@gmail.com
Tel: (00351) 21 792 00 92
International Conference on Music, Avant-Gardes and Counterculture 